Jean Wyllys se defende no conselho de ética " Bolsonaro me chamou de queima rosca"
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) apresentou nesta tarde sua defesa no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no processo em que a Mesa Diretora da Câmara o acusa de quebra do decoro parlamentar por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), no Plenário da Câmara, em abril, durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Na representação, a Mesa sugere a suspensão do exercício do mandato de Wyllys por até seis meses.
Jean Wyllys fez questão de relembrar aos deputados do conselho parte de sua história de vida e o contexto em que ocorreu o episódio de abril. O deputado afirmou que, desde o seu primeiro mandato, é difamado de maneira orquestrada. Também citou agressões verbais vindas diretamente de Bolsonaro. “São seis anos de violência homofóbica contra mim e nunca o tratei com violência”, relatou.
Tensão política
Quanto ao contexto do episódio do cuspe, Wyllys ressaltou o tenso clima político no Plenário da Câmara durante a votação da admissibilidade do impeachment de Dilma. Disse que manifestou seu voto em Plenário logo após o polêmico pronunciamento de Bolsonaro em defesa do “torturador” Carlos Alberto Brilhante Ustra. “Quando fui votar, ouvi vaias e pessoas dizendo: 'viado' e 'sai daí, viado'”. Depois de votar, Wyllys garante ter ouvido as seguintes palavras de Bolsonaro: “queima rosca” e “tchau, querida”. “Tolerei insultos por seis anos, mas, naquela hora, cuspi na cara daquele fascista porque foi [um sentimento] mais forte do que eu. A minha cuspida foi uma reação e não uma ação”, declarou Jean Wyllys, que também acusou Bolsonaro de fraude em um vídeo que mostraria uma suposta premeditação do deputado do Psol no caso.
Quanto ao contexto do episódio do cuspe, Wyllys ressaltou o tenso clima político no Plenário da Câmara durante a votação da admissibilidade do impeachment de Dilma. Disse que manifestou seu voto em Plenário logo após o polêmico pronunciamento de Bolsonaro em defesa do “torturador” Carlos Alberto Brilhante Ustra. “Quando fui votar, ouvi vaias e pessoas dizendo: 'viado' e 'sai daí, viado'”. Depois de votar, Wyllys garante ter ouvido as seguintes palavras de Bolsonaro: “queima rosca” e “tchau, querida”. “Tolerei insultos por seis anos, mas, naquela hora, cuspi na cara daquele fascista porque foi [um sentimento] mais forte do que eu. A minha cuspida foi uma reação e não uma ação”, declarou Jean Wyllys, que também acusou Bolsonaro de fraude em um vídeo que mostraria uma suposta premeditação do deputado do Psol no caso.
O depoente acrescentou que sempre procurou manter a ética no seu mandato parlamentar, mas, apesar disso, já respondeu a dois processos no Conselho de Ética. Lembrou que já foi chamado até de “escória do mundo” e indagou se seus adversários políticos não estariam se utilizando das representações no conselho contra a sua atuação parlamentar e o fato de se assumir como homossexual.
Encerrada a fase de depoimentos, o relator do processo contra Wyllys, deputado Ricardo Izar (PP-SP), acredita que deverá concluir o seu parecer antes do prazo de dez dias úteis. Ele informou ainda que vai analisar novos vídeos que a defesa de Wyllys anexou ao processo nos últimos dias.
A reunião do Conselho de Ética foi encerrada há pouco.
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