Vitória de Dilma em 2014 foi ‘fraude eleitoral’, diz Marina

Líder da Rede, que não decidiu se disputará o pleito de 2018, critica 'os grandes partidos' por, segundo ela, estarem 'privatizando' recursos públicos

Marina Silva, ex-senadora entrevistada pelo editor especial de VEJA Daniel Bergamasco (Antonio Milena/VEJA.com)

Sem uma definição sobre sua candidatura à Presidência em 2018, a ex-senadora Marina Silva (Rede) criticou a reforma política aprovada pelo Congresso neste ano e, lembrando o que chamou de “fraude eleitoral” em 2014, afirmou que os grandes partidos estão “privatizando” os meios de campanha eleitoral.

“O fundo (público eleitoral) será para eles e o tempo de horário eleitoral será para eles”, atacou Marina, sobre o fundo público de 1,7 bilhão de reais destinado a financiar as campanhas eleitorais em 2018. As declarações foram dadas por ela após entrevista no seminário Amarelas Ao Vivo, promovido por VEJA nesta segunda-feira em São Paulo.

Questionada por jornalistas a respeito da viabilidade eleitoral de sua eventual candidatura em um quadro de fragmentação de candidatos e sem alianças com siglas mais robustas que a Rede Sustentabilidade, Marina afirmou que os grandes partidos “hoje se transformaram em instituições que são investigadas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Lava Jato”.

Indagada sobre se haverá no ano que vem uma reedição da disputa entre PSDB e PT, repetida nas eleições presidenciais desde 1994, Marina Silva afirmou que “a polarização já deu o que tinha que dar”.

Terceira colocada no pleito de 2014, a líder da Rede reafirmou que as eleições naquele ano, vencidas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foram fraudadas. “O que ganhou a eleição foram as estruturas, os marqueteiros, o dinheiro desviado da Petrobras, dos fundos de pensão. Espero que, com o trabalho da Lava Jato, tudo o que está sendo investigado, se tenha o arrefecimento da corrupção eleitoral”, completou

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